quinta-feira, 25 de junho de 2015

http://www.deficienteciente.com.br/2013/10/19-filmes-que-trazem-o-autismo-e-o-asperger-preparados-para-assistir.html

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

DIFICULDADES NA ESCRITA E INTEGRAÇÃO SENSORIAL:




DIFICULDADES NA ESCRITA E INTEGRAÇÃO SENSORIAL:

* Lentidão para copiar atividades do quadro;
* Lentidão durante a escrita;
* Dificuldades para segurar o lápis;
* Força exagerada durante escrita, passando para varias páginas;
* Uso de pouca força para segurar o lápis;
* Uso excessivo da borracha;
* Problemas de organização do caderno;
* Caligrafia ilegível;
* Espaços gigantes entre uma letra e outra;
* Omissões de letras e palavras;
* Dores no punho e mão;

Estas dificuldades normalmente se relacionam com pobre planejamento e execução motora, déficit de lateralidade, baixo tonus muscular, integração bilateral e sequenciamento e Transtorno de Desenvolvimento da Coordenação. A criança com essas dificuldades deve receber intervenção de Integração Sensorial.

Se você observa alguma dessas dificuldades na escrita de seu filho agende uma avaliação com um Terapeuta Ocupacional habilitado.
Helenise H. Vieira
Terapeuta Ocupacional
Formação em Integração Sensorial

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

VIVENDO COM CIÊNCIA: Os professores no Brasil

VIVENDO COM CIÊNCIA: Os professores no Brasil: Veja matéria e vídeo publicados na FOLHA DE SÃO PAULO clicando no link   http://folha.com/no1321243
Débora Araújo Seabra de Moura, de 32 anos, a primeira professora com síndrome de Down do Brasil, acaba de lançar um livro com fábulas infantis que têm a inclusão como pano de fundo. O livro traz contos que se passam em uma fazenda e têm os animais como protagonistas. Eles lidam com problemas humanos como preconceito e rejeição, caso do sapo deficiente que não conseguia nadar, da galinha excluída do grupo por ser surda e do passarinho de asa quebrada que precisou ganhar a confiança dos outros bichos para poder voar com eles.
Com 32 páginas, a obra Débora conta histórias (Araguaia Infantil, R$ 34,90) estará à venda nas livrarias a partir desta segunda-feira (5). As ilustrações são de Bruna Assis Brasil.
A professora também usa os bichos para abordar a importância da tolerância, respeito e amizade. Uma das fábulas é sobre a discriminação que o pato sofria por não querer namorar outras patas, e sim, patos.
Em outra, Débora conta a história de amizade entre um cachorro e um papagaio. Alguns contos foram escritos baseados em situações vividas por ela. O texto da contracapa é do escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, João Ubaldo Ribeiro.
Usei os animais, mas as histórias se encaixam aos humanos. É preciso respeitar e incluir todo mundo, aceitar as diferenças de cada um. Ainda existe preconceito, afirma Débora.
O livro nasceu em 2010, quando a jovem resolveu escrevê-lo para dar presente de Natal aos pais, o médico psiquiatra José Robério e a advogada Margarida Seabra. Queria fazer uma surpresa, e eles ficaram felizes, adoraram a ideia.
Margarida lembra que a filha passou alguns meses dedicada a escrever a obra escondida no quarto, quando a mãe entrava de surpresa ela tratava logo de proteger o presente.
A gente não imaginava, achávamos que fosse um diário. Os contos não foram escritos com a expectativa de se tornar livro, mas como o resultado agradou a todos, Margarida se rendeu aos conselhos e pedidos dos amigos e da família e foi em busca de uma editora. Antes, cogitou publicá-lo de forma independente, mas não foi preciso.
Não foi a primeira vez que a professora testou o lado escritora. Antes do livro de fábulas, escreveu a própria história que depois de ter as folhas impressas e presas por um espiral, foi dada aos pais. Toda a família leu, guardamos como lembrança, mas achei que era comum. Já com as fábulas fiquei muito emocionada. As pessoas se surpreenderam pela dedicadeza das histórias, diz Margarida.
A obra Débora conta histórias será lançada oficialmente no mês de setembro em um evento para convidados, em Natal. Ainda não há data definida.
Escolas regulares
A autora da obra nasceu em Natal (RN) e há nove anos trabalha como professora assistente em um colégio particular tradicional da cidade, a Escola Doméstica. Débora sempre estudou em escolas da rede regular de ensino e se formou no curso de magistério, de nível médio, em 2005.
Quando começou a frequentar a escola, pouco se sabia sobre a síndrome de Down. Débora contou com o apoio da família que contrariou a tendência de matricular a filha uma escola especial, assim como fazia os pais naquela época. Nunca cogitei uma escola especial porque Débora era uma criança comum. A escola especial era discriminatória e ela precisava de desafios. Não sabia muito bem como seria, mas estava aberta para ajudar minha filha a encarar qualquer coisa, diz Margarida.
Nem sempre foi fácil. Débora já foi vítima de preconceito. Ainda na educação infantil, lembra de ter sido chamada de ´mongol´ por um garoto. Ela chorou, ficou magoada, mas encontrou na professora uma aliada que explicou à classe que ´mongóis´ eram os habitantes da Mongólia e ainda ensinou as crianças o que era a síndrome de Down.
Por conta de sua experiência com professora, Débora já foi convidada para palestrar em várias partes do país e até fora dele, como Argentina e Portugal. Sempre que pode participa de iniciativas para ajudar a combater o preconceito, como apresentações teatrais – mais uma de suas paixões.
Fonte: G1
Todas as faces do autismo
Fantástico acerta no primeiro episódio de série sobre a síndrome
Por Silvia Ruiz
05.08.2013

Minha mãe, a babá do meu filho, o porteiro e os colegas de trabalho e amigos vieram me perguntar hoje o que achei do primeiro episódio da série do Fantástico, Autismo - Universo Particular. Confesso que estava com frio da barriga antes de ver. Um programa com a audiência massiva como esse pode colocar a questão da conscientização sobre a síndrome no Brasil num outro patamar. Mas a quantidade de equívocos e bobagens que já vi meus colegas de profissão propagar sobre o tema me deixa sempre com os dois pés atrás. 
O programa foi bom. Muito bom. Fiquei aliviada. Foi didático para quem não entende nada sobre o assunto, teve um dos maiores especialistas do País como consultor, o neurologista Salomão Schwartzman e mostrou sem filtros a realidade de várias famílias de diversos níveis socioeconômicos em diferentes regiões do País. O primeiro episódio teve o mérito de mostrar a amplitude do espectro autista. Do pai de família que leva uma vida "normal", mas perde a bússola com o choro da filha por causa da dificuldade de processamento sensorial, ao autista clássico que não fala e passa horas assistindo a mesma cena de uma série da Disney, passando pelo menino americano de 14 anos gênio da física que tem chances de levar um prêmio Nobel. 
Isso é fundamental para derrubar o estereótipo de que os autistas são como o personagem do filme Rain Man. Para mim, mãe de um autista e razoavelmente bem informada sobre o assunto, o programa teve poucas revelações. Nem deveria ser diferente. Mas me emocionei especialmente com a história do Kevin. É triste ver uma família devastada, cansada e sem saber o que fazer para ajudar o filho. E sem apoio nenhum do Estado. O menino é tão obviamente autista. Não é um caso para dúvidas. E, mesmo depois de passar por seis (SEIS) médicos, o diagnóstico só veio agora, aos oito anos. 
Nas cenas do programa a gente vê o resultado de uma criança que fica oito anos sem tratamento. Kevin se agride, quer tomar dezenas de banhos por dia, numa busca incansável por inputs sensoriais. Tudo isso seria absolutamente contornável com tratamento adequado, que simplesmente não existe no Brasil para quem não pode pagar. E muitas vezes também para quem pode. Como muitos autistas, Tom também tinha enorme dificuldade para dormir antes do início do tratamento, há um ano. Demorava mais de uma hora para pegar no sono. Cansados depois de um dia de trabalho e querendo descasar, não era fácil para nós manter a calma e a cabeça no lugar com uma criança pulando incansavelmente na cama. 
Chorei muitas vezes depois que ele apagava por exaustão. Foram meses de persistência seguindo uma rotina definida por uma equipe multidisciplinar de terapeutas para finalmente a hora do sono deixar de ser um pesadelo para nós. E funcionou. Fui dormir pensando que os pais do Kevin provavelmente teriam mais uma noite sem dormir pela frente. Por culpa do governo que ignora uma condição que atinge cerca de 2 milhões de brasileiros. E torcendo para que o Fantástico continue a série com a mesma qualidade do primeiro episódio. 
Conhecer é um primeiro passo para mudar o quadro, a imprensa, principalmente a TV, tem papel fundamental nisso. 
Silvia Ruiz
Silvia Ruiz é jornalista, mãe da Myra, de 20 anos, e do Tom, de 3.